O ouro atualizou sua alta semanal hoje, tentando ultrapassar a resistência da média móvel simples de 50 dias (SMA). Os próximos dados macroeconômicos dos EUA apontam para sinais de diminuição das pressões inflacionárias e para uma desaceleração da economia americana, aumentando a especulação de que o Fed cortará as taxas de juros duas vezes este ano. Esse é um fator importante que estimula os fluxos em direção ao inabalável metal amarelo.

Além disso, as tensões geopolíticas e a incerteza política renovada na Europa fornecem suporte adicional para o metal precioso como um ativo seguro. Enquanto isso, o Fed adotou uma postura mais hawkish na semana passada, mas os formuladores de políticas ainda favorecem um corte nas taxas em 2024. Um bom salto nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA também está ajudando a aumentar a demanda pelo dólar americano, o que pode impedir um maior crescimento do preço do metal precioso.

Do ponto de vista técnico, antes de abrir novas posições de compra, os touros devem esperar por um fortalecimento constante além da média móvel simples de 50 dias (SMA), que atualmente está em torno de US$ 2.345. O movimento ascendente subsequente significará que o recente declínio corretivo se esgotou, e o preço se moverá além da zona de US$ 2.360 - para a zona de oferta, a caminho da marca de US$ 2.400, com algum obstáculo intermediário na área de US$ 2.388. O impulso pode se estender ainda mais em direção à alta histórica atingida em maio.

Por outro lado, a área de US$ 2.320-2.325 protege contra um declínio imediato antes do nível redondo de US$ 2.300. Algumas vendas subsequentes abaixo desse nível e do suporte de US$ 2.285 serão vistas como um novo gatilho para os ursos, abrindo caminho para uma retomada da recente retração da máxima histórica. O ouro estará então pronto para acelerar sua queda para o nível de US$ 2.250 antes de cair completamente para o suporte de US$ 2.220 e para o nível redondo de US$ 2.200.